sábado, 21 de agosto de 2010

THIS IS ME

O orkut pede que eu diga quem sou eu, o currículo pede que eu descreva meus anseios profissionais, tu me pede respostas para atos que nem sei porque fiz. Parem de me perguntar, parem de me pressionar, parem de me fazer ser o que não sou.
Eu só preciso de um tempo, se é uma semana ou um mês eu não sei. Mas agora eu só quero puxar o edredom até cobrir meu corpo por inteiro, e o sábado, que todos dizem estar maravilhoso, passar lá fora, anoitecer e se acabar.
Cansei de parecer forte, decidida e audaciosa. Não que eu não seja, mas não sou tanto quanto pensam. Há sim em mim, uma menina que chora por colo, uma adolescente em crise por um amor não correspondido, uma mulher insatisfeita com algumas partes do corpo, uma estudante indecisa, uma profissional totalmente incompleta.
Há sim em mim, feridas que o tempo não apagou, pessoas que levou, saudades que deixou. Risadas na lembrança, uma bagagem cheia de histórias e uma vontade imensa de consertar pequenos erros. A história de “só me arrependo do que não fiz” é caô (como diria um amigo meu).  Agora eu sei.
Me deixe fazer algumas loucuras, e não me chame de ridícula ou maluca. Me deixe cantar no meio da rua algo bem brega, podes rir ou cantar comigo. Me deixe vestir roupas que não combinam, mas acho confortáveis juntas ou não acho nenhuma razão para vesti-las, mas quero. Me deixe faltar à aula para entender se é aquilo que realmente me satisfaz.

Me deixe ser mais eu, e então descubra se sou realmente do jeito que gostas.

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